Normalmente, a cidade de Bangkok é a porta de entrada (e saída) para viajar pelo país dos sorrisos. Bangkok é uma cidade difícil de traduzir por palavras. Desde os arranha-céus coladinhos aos bairros típicos, ao trânsito caótico mas controlado, aos cheiros que primeiro se estranha e depois se entranha, aos (inúmeros) templos onde se respira tranquilidade… Diríamos que é uma cidade de emoções intensas, sendo que se ama ou se odeia!
Quando planeámos o nosso roteiro, reservámos 3 dias inteiros para Bangkok. Mas trocaram-nos as voltas e apenas conseguimos visitar a cidade durante dois dias.
Passo a explicar o que aconteceu: um dos nossos voos foi cancelado, sendo que só viajámos para Bangkok no dia seguinte, perdendo assim um dia nesta cidade. Através da Airhelp recebemos uma indemnização de 600€ pelo voo cancelado. Vejam aqui.
Para agravar ainda mais o panorama, extraviaram as nossas malas. É muito azar junto não é? Mas foi aqui que agradecemos a todos os anjinhos o facto de termos feito seguro de viagem! O dia perdido já ninguém nos dava, mas o dinheiro que gastámos em todas as compras de bens de primeira necessidade foi-nos devolvido na totalidade (guardem todos os talões e recibos). Como tal, super recomendamos os seguros da IATI. E mais uma vez reforçamos: não viajem sem um bom seguro de viagem!
Dia 1 em Bangkok
Aterrámos em Bangkok por volta das 7h da manhã e fomos logo para o hotel. Ficámos alojados no Khaosan Green House Hotel que ressalvo que foram impecáveis em ajudar-nos a recuperar as nossas malas. Como o hotel se situava perto da Khaosan Road e precisávamos de comprar roupa e produtos de higiene (🙄), começámos por aí o nosso roteiro.
A Khaosan Road é uma rua, localizada no centro histórico de Bangkok, também conhecida pela rua dos mochileiros. É uma rua bastante badalada e vai ouvir falar dela com toda a certeza. Aqui encontra muitos hostels (baratos), bares, casas de massagem, restaurantes e comida de rua, lojas de roupa e todo o tipo de bugigangas, loja de conveniência (a mais conhecida é a 7 eleven), entre muitas outras coisas.
Mas é à noite que a Khaosan Road ganha vida. Os bares lutam para ver quem coloca a música mais alta, os letreiros néon quase nos cegam e não consegue dar dois passos seguidos devido à multidão. É uma área super turística, mas não pode mesmo deixar de ir lá. O nosso conselho é: vá durante o dia e à noite. Nem parece a mesma rua! E se vai em busca de festa, não procure mais, está no sítio certo 🙂
Depois deste choque cultural, que confesso, tirando o calor não foi nada difícil a adaptação, seguimos a pé até ao Lak Mueang, o primeiro pilar da cidade. Para demonstrar o poder, em cada cidade nova, erguia-se um pilar. Mais tarde construiriam este santuário, sendo uma zona de devoção. Aqui deu-se o nosso primeiro contacto com a religião budista. Tirámos os sapatos, como manda a regra, e percorremos o pequeno recinto a apreciar esta nova cultura.
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Depois disso, seguimos o nosso roteiro até ao Grand Palace, um dos monumentos mais emblemáticos da cidade. O Palácio Real foi construído em 1782 e durante 150 anos foi a Residência Oficial da Realeza.
O complexo é enorme, com várias construções, pátios e jardins. E em cada passo que dá, o difícil vai ser contemplar tudo e todos os pormenores. Deixe-se viajar pelos detalhes arquitectónicos deste lugar – é de ficar de queixo caído.
Apesar das diferentes construções, a que mais se destaca é o Wat Phra Kaew, que é o Templo do Buda de Esmeralda, considerado o templo budista mais sagrado da Tailândia. Trata-se de um templo que abriga uma estátua do Buda, feita numa única pedra, construída com quartzo verde, com 66 cm de largura e 48 cm de altura. Aqui não é permitido tirar fotografias ao interior, mas posso dizer-vos que é bem bonito!
- Manter o silêncio.
- Estar com os ombros e joelhos cobertos. Não pode mostrar o decote nem a barriga, nem pode utilizar legging e roupas transparentes. São mesmo bastante rigorosos com o vestuário.
- É obrigatório tirar os sapatos para entrar no templo.
- Nunca aponte os pés para a imagem do Buda, já que é considerada a parte mais suja do corpo. Sente-se com as pernas para o lado ou para trás do corpo.
- Se lhe disserem que o Grand Palace está fechado, confirme no site oficial. Este é um dos maiores golpes para o levarem a lojas onde depois recebem uma comissão.
O Grand Palace está aberto todos os dias das 8h30 às 15h30 e o bilhete custa 500 baht por pessoa. Se não for com o devido vestuário, saiba que pode fazer um empréstimo de roupa à entrada mediante a caução de 400 bath, devolvidos à saída.
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O 1º dia em Bangkok já ia a meio e decidimos almoçar por essa zona. Perto do Grand Palace situa-se o Wat Pho, e foi para lá que nos dirigimos.
O Wat Pho é um dos maiores e mais antigos templos de Bangkok, também conhecido por Templo do Buda Reclinado. Possui a maior colecção de estátuas de Budas do país, sendo que a principal atracção é o Buda com 46m de comprimento por 15m de altura coberto por folhas de ouro. É realmente enorme!
Também a sua área envolvente é bem bonita. Não deixe de dar um passeio pelo complexo.
Cada bilhete custa 200 baht. Também aqui, como em todos os templos, mantêm-se as regras de vestuário e comportamento.
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Daí fomos visitar um outro templo, o Wat Arun, que se localiza na outra margem do Rio Chau Phraya. Como tal, tem de se dirigir à margem do rio, perto do Wat Pho. Aqui vai encontrar o píer nº 8, ou Tha Tien, que é onde tem de comprar o bilhete de barco e onde vai embarcar. Cada bilhete custa 4 baht e o trajecto demora cerca de 5 minutos.
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O Wat Arun, também conhecido pelo Templo do Amanhecer foi construído no século 19 em estilo Khmer, ornamentado em porcelana e flores. A torre central do templo é a mais alta de Bangkok, contando com 82 metros de altura. À volta da torre principal, existem outras quatro torres que têm 60 metros de altura e todas estão ligadas por escadas e pátios. É super diferente dos outros templos, ainda assim é lindo de morrer!
Este templo simboliza o nascimento do Período Rattanakosin e a fundação de Bangkok como a nova capital do país, depois de Ayutthaya.
Cuidado quando estiver a subir os degraus, pois estes são pequenos e o pé deve ser colocado de forma lateral. Mas a vista compensa, e muito!
O bilhete de entrada no Wat Arun tem um custo de 50 baht e está aberto das 8h às 18h.
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O sol já estava a pôr-se e decidimos regressar à Khaosan Road, novamente de barco. Pode consultar aqui todas as informações relativas aos barcos. Apesar de já lá termos estado de manhã, queríamos muito conhecer a realidade da noite e acabámos por jantar lá.
De facto, parecem duas ruas completamente distintas. Tem muito mais movimento e animação à noite.
Nesta rua há algumas barraquinhas a vender insectos para comer. Desde grilos, aranhas, larvas, escorpiões, etc. Os tailandeses não comem nada disto, atenção! Como é um país bastante turístico viram ali mais uma oportunidade de negócio. No entanto, e mesmo sabendo disso, nós decidimos comer um gafanhoto (cada um é 20 baht). Vejam o vídeo no nosso instagram 🤣. É crocante e salgado, nada de especial! O restante não tivemos coragem de experimentar!
Como estávamos bastante cansados neste 1º dia em Bangkok, decidimos ir descansar para o hotel. Ficámos alojados no Khaosan Green House Hotel, que se situa na rua paralela à Khaosan Road. Não aconselhamos ficar mesmo na Khaosan devido ao barulho à noite, pelo que a rua Rambuttri foi a nossa escolha. Ainda assim, ouve-se um pouco de barulho, mas nada de especial!
Roteiro do 1º dia em Bangkok:
- Khaosan Road (de dia)
- Lak Mueang
- Grand Palace
- Wat Pho
- Wat Arun
- Khaosan Road (de noite)
Dia 2 em Bangkok
O 2º dia em Bangkok começou muito cedo! Já tínhamos decidido ainda em Portugal que gostaríamos muito de fazer um tour a dois mercados: ao Mercado Flutuante de Damnoen Saduak e ao Mercado do Comboio de Maeklong. E assim foi!
Reservámos tudo antes de ir, pois gostamos de ir com as coisas programadas e assim não andamos a perder tempo. No entanto, saiba que pode perfeitamente comprar as excursões em Bangkok, visto que há várias agências espalhadas pela cidade, podendo assim negociar o preço.
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O tour durou apenas a parte da manhã e correspondeu exactamente às nossas expectativas. Nós adorámos! São dois mercados com características muito peculiares e que nos aproximou ao dia-a-dia da população local. Fizemos um artigo onde falamos de toda a nossa experiência nestes dois mercados – veja aqui! Pode também ver todas as nossas fotos e vídeos no nosso instagram 🙂
O autocarro deixou-nos perto da Khaosan Road, pelo que almoçámos ali perto. O 2º dia em Bangkok já ia a meio e queríamos aproveitá-lo ao máximo!
Já tínhamos reservado outro hotel, o OYO 140 The Krungkasem Srikrung Hotel, para conhecer melhor outra parte da cidade, pelo que nos dirigimos até lá de barco.
A primeira visita da tarde foi ao Wat Traimit, um templo Budista com o maior Buda de ouro do Mundo. Apesar do templo não ser muito grande, a estátua do Buda é espectacular.
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O Wat Traimit está aberto das 9h às 17h e a entrada é gratuita.
A nossa ideia original seria visitar de seguida o Wat Mangkol Kamalawat, que é o maior e mais importante templo Budista Chinês. No entanto, já passavam das 17h e o templo já estava encerrado. Tivemos muita pena.
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Dali seguimos então até à Chinatown Gate, que é a entrada para a Chinatown de Bangkok. O sol estava a pôr-se e ficou ainda mais bonito!
Perdemo-nos (literalmente) pelas ruas de Chinatown. O bairro de Chinatown foi criado pela população chinesa imigrante quando Bangkok passou a ser a capital da Tailândia. Aqui a palavra predominante é caos. Há sempre imensa gente, o trânsito é caótico, com muitos tuk-tuks, e existem várias barraquinhas, lojas, bares e comida de rua (boa e barata). À noite, os letreiros enormes acendem as luzes, tornando a zona ainda mais vibrante.
Como já estávamos a ficar com alguma fome, seguimos até Yaowarat. Esta é a rua principal de Chinatown e é um verdadeiro mundo de comida. A rua transforma-se num dos maiores locais de street food da cidade e a verdade é que a comida é muito saborosa e barata!
Quando tínhamos planeado a viagem, em casa, tínhamos decido que iríamos a um rooftop para a ver a cidade de outra perspectiva. O local escolhido foi o Sky Bar at Sirocco, que foi o cenário do filme “A Ressaca”. Apesar de ser mais caro foi-nos bastante recomendado. É possível jantar lá ou simplesmente ir até ao bar (a nossa ideia era só ir ao bar tirar umas fotografias).
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Já sabíamos que eles são bastante rigorosos com o vestuário e que só aceitam entrada de pessoas com roupas mais formais. E nós até tivemos isso em consideração na hora de fazer a mala. Acontece que as nossas malas foram extraviadas (ficámos sem elas durante cinco dias) e não tínhamos o dresscode apropriado para entrar. Ficámos muito tristes porque era uma coisa que queríamos muito fazer, mas não iríamos comprar roupa de propósito para isso.
Nota: Faça um bom seguro de viagem! Nós fizemos o seguro IATI Mochileiro, com a Iati Seguros e só podemos dizer bem! Enviámos todos os recibos das compras de roupa e de bens de primeira necessidade e quinze dias depois de chegarmos a Portugal, já tínhamos o dinheiro que gastámos na nossa conta bancária!
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O 2º dia em Bangkok acabou então pela Chinatown e regressámos ao hotel de tuk tuk. Confesso que a distância até era curta, mas queríamos experimentar a loucura que é andar de tuk tuk 😂.
Roteiro do 2º dia em Bangkok:
- Tour ao Mercado Flutuante de Damnoen Saduak e ao Mercado do Comboio de Maeklong
- Wat Traimit
- Wat Mangkol Kamalawat
- Chinatown Gate
- Chinatown
- Yaowarat
- Sky Bar at Sirocco
A nossa estadia por Bangkok terminava no dia seguinte, a meio da tarde. Já tínhamos coisas planeadas para visitar durante esse dia, mas trocaram-nos (mais uma vez) as voltas. As nossas malas tinham chegado (finalmente) a Bangkok e teríamos de ir buscá-las ao aeroporto logo pela manhã. Uma vez que tínhamos voo à tarde, optámos por ficar logo no aeroporto, perdendo assim mais um dia de visita na cidade. No entanto, deixo aqui o roteiro do que seria o nosso 3º dia em Bangkok:
- Wat Benchamabophit – Templo de mármore
- The Golden Mount – Wat Saket
- Wat Ratchanatdaram – templo com várias pequenas torres douradas
- Khaosan Road
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É muito frustrante quando já temos as coisas planeadas e queremos muito visitar determinados locais e não conseguimos. Desta vez foi por um motivo que estava completamente fora do nosso alcance e nada conseguimos fazer. Ficámos chateados e tristes? Muito. Mas sem sombra de dúvida que isso também nos fez crescer, sair da nossa zona de conforto e, em bom português, desenrascarmo-nos!