Ficámos no Norte da Tailândia, mais precisamente em Chiang Mai, durante três dias completos (4 noites). No entanto, conhecemos Chiang Mai em apenas dois dias, uma vez que num deles fizemos um tour de um dia a Chiang Rai.
Chegámos a Chiang Mai já ao final da tarde, pelo que nesse dia não conseguimos visitar nada. Essa noite foi reservada para assistir ao Festival das Lanternas. Veja neste artigo tudo o que precisa de saber para assistir ao Festival das Lanternas e ao Loy Khratong.
Dia 1 em Chiang Mai
Apesar de no dia anterior nos termos deitado um pouco tarde tal era a emoção de ter assistido ao Festival das Lanternas, o 1º dia em Chiang Mai começara bem cedo.
Já tínhamos marcado, ainda em Portugal, uma visita a um santuário de elefantes. Procuramos sempre visitar locais, atracções ou instituições que estejam ligados ao turismo responsável e consciente. Desta vez não foi excepção! Foi uma experiência incrível – daquelas coisas que fazemos na vida e nunca nos iremos esquecer. Vejam aqui como foi a nossa experiência ao visitar um santuário de elefantes.
Esta experiência já incluía o almoço e ao início da tarde já estávamos novamente em Chiang Mai. Deixaram-nos no hotel, o The Royal Guest House, fomos tomar um banho e partimos à descoberta da cidade.
Fomos de Grab (tipo Uber) até ao Wat Phra Singh, um dos maiores templos da cidade. É um templo super bonito e brilhante. Foi construído no século 14 e apresenta um estilo Lanna bem tradicional, com telhados de madeira esculpidos e pintados.
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O templo tem três estruturas principais, sendo que a principal atracção é o o Wihan Lai Kham, muito bem decorado com vários murais que retratam a vida dos moradores locais há centenas de anos. É aqui que se encontra a famosa estátua de Buda, o Phra Buddha Sihing, que deu o nome ao templo.
Atrás do salão principal encontra-se uma pirâmide de ouro magnífica. Reza a lenda que se der três voltas completas a ela e tocar todos os sinos, terá muita sorte na vida.
Toda a área envolvente é muito verde, óptimo para se abrigar do calor ardente da cidade. Uma das coisas que gostámos muito foi, ao passear no jardim, existirem várias placas com frases motivacionais. Achámos muito fofo!
O Wat Phra Singh está aberto das 6h às 17h e a entrada custa 40 baht.
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De seguida, fomos a pé até ao Wat Chedi Luang, outro templo bastante visitado na cidade. Durante esse trajecto visitámos outros dois templos mais pequenos (há imensos espalhados pela cidade).
O Wat Chedi Luang tem quase 700 anos e foi construído com o objectivo de abrigar as cinzas do pai do rei, na época. Era a maior edificação de todo o Império Lanna – chegou a medir 80 metros de altura e 60 metros de diâmetro. Este templo chegou a ser o abrigo do Buda Esmeralda, a figura de Buda mais sagrada da Tailândia, e que, actualmente, está no Grand Palace em Bangkok.
Actualmente, do seu templo principal só restaram ruínas magníficas que sobreviveram a um terremoto no século XVI. O abalo destruiu parte da cúpula. Ainda assim tem uma estrutura impressionante! Cada fachada tem escadarias adornadas por serpentes e estátuas de elefantes.
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Existem vários templos dentro do complexo, cada um mais bonito que o outro. Ali também fica o “City Pillar” ou pilar da cidade, monumento construído durante o período do reino Lanna, que representa a protecção da cidade e o seu centro. No entanto, este pequeno templo só pode ser visitado por homens. No complexo também pode-se participar no programa “Monk Chat”, onde pode sentar-se numas mesinhas de xadrez para conversar com os monges – a ideia é que ele possa praticar o inglês.
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O Wat Chedi Luang está aberto das 6h às 17h e a entrada custa 40 baht.
Depois da visita demos uma voltinha pelas ruas de Chiang Mai, sem destino. Ruas essas que naquela altura estão ainda mais fofas – todas coloridas, bem arranjadas e decoradas com lanternas e velas nas casas.
Uma vez que já tínhamos lançado a nossa lanterna na noite anterior, decidimos ter outra experiência. Dirigimo-nos ao Wat Phan Tao, que é um templo de madeira belíssimo. Durante esta altura do ano, neste templo, acontece uma apresentação budista. Ou seja, por volta das 19h é possível ver os monges a meditar e depois a soltar as suas lanternas.
Nós chegámos antes das 19h e já lá estava imensa gente. Recomendamos chegar bem cedo se quiser ficar nos lugares da frente. Todo o evento é lindo, no entanto não conseguimos assistir até ao final. Estava imensa gente, muito (mesmo muito) calor e esperámos mais de uma hora e meia e os monges não apareciam. Com muita pena nossa tivemos mesmo de desistir, já não estávamos a aguentar mais!
Veja aqui como visitar um santuário de elefantes
Como não tínhamos conseguido assistir à cerimónia, fomos ver a parada oficial. No final da tarde vários carros alegóricos desfilam pelas ruas da cidade. Cada carro é mais bonito que o outro, decorado ao milímetro. A cidade vai em peso, locais e turistas, assistir ao desfile!
O 1º dia em Chiang Mai estava a terminar, e, já fora de horas, fomos jantar. Optámos pelo restaurante Coconut Shell Thaifood para provarmos o prato típico da região – Khao Soi. Trata-se de uma sopa muito saborosa de caril e leite de coco com frango ou porco (mas pode pedir com tofu se for vegetariano). O caldo é depois deitado por cima de noodles de ovo quentes e coberto com verduras, rebentos e noodles frias.
Voltámos a pé para o hotel e caímos redondos na cama, tal era o cansaço deste 1º dia em Chiang Mai.
Roteiro do 1º dia em Chiang Mai:
- Santuário de Elefantes – Elephant Jungle Sanctuary
- Wat Phra Singh
- Wat Chedi Luang
- Apresentação budista – Wat Phan Tao
- Parada oficial
Dia 2 em Chiang Mai
O 2º dia em Chiang Mai foi reservado para explorar um pouco mais da cidade e os seus templos. Bem cedo, saímos do hotel, o The Royal Guest House, e apanhámos um táxi colectivo (que na verdade não conseguimos angariar mais pessoas para o trajecto) e fomos até ao primeiro destino do dia, o Wat Phra That Doi Suthep.
O templo Doi Suthep, também conhecido como Templo da Montanha, fica a cerca de 20 km do centro de Chiang Mai. Da cidade até o templo são cerca de 40 minutos numa estrada morro acima e cheia de curvas. O ideal é juntar mais pessoas para chegar ao templo, dividindo a despesa total do táxi. Nós não conseguimos e acabámos por pagar 300 baht (negociados) para ir até até ao templo.
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O Doi Suthep fica no topo da colina e para chegar até ao topo terá de enfrentar uma escadaria com cerca de 300 degraus. Custa menos do que parece! Pode ainda optar por ir de elevador, com um custo de 50 baht.
A escadaria é cercada por uma serpente, chamada Naga, toda feita em mosaicos. Reza a lenda que a serpente protegeu Buda em diversas situações – daí a serpente estar presente na entrada de vários templos. A escadaria impressiona pela sua beleza e majestosidade!
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Depois de subir todas as escadas, tem de se dirigir à bilheteira para comprar os bilhetes – 30 baht por pessoa. Quando entrar no templo, à direita, localiza-se uma zona para deixar o calçado. Para entrar na área central tem de ir descalço! Ao entrar dissemos em uníssono: UAU! – de tão bonito que é.
No centro encontra-se o cartão postal do templo, a Pagoda Dourada, que conta com 24 metros de altura e é toda banhada a ouro. Até ofusca de tanto brilho! Nesta área central, ao redor da Pagoda Dourada, existem vários templos e detalhes incríveis para contemplar, tal como imagens de Buda com uma expressão e poses diferentes, sinos (que se tocados trazem boa sorte) e muitas ornamentações douradas. Pode ainda acender uma vela e fazer as suas orações. É um local incrível!
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Ainda aqui recebemos a bênção de um monge, simbolizada por uma pulseira. Os monges não podem tocar nas mulheres, então ele colocou a pulseira ao João e deu-lhe a minha para o João a colocar no meu pulso.
Existe ainda outra crença, onde agitamos vários pauzinhos até cair um no chão. Vemos qual é o número que saiu e ao lado encontram-se papéis com o significado desse número. Vejam o vídeo nos destaques do nosso instagram – parece que o João não vai ter muita sorte na vida 😂
Veja aqui como visitar um santuário de elefantes
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Fora desta área central existem ainda outros templos, jardins, pátios e um centro de meditação. Locais que transmitem uma tranquilidade imensa!
Há também um grande terraço de onde se pode contemplar a cidade de Chiang Mai, com uma vista soberba! No entanto, só é visível se não houver nevoeiro – nós tivemos sorte!
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A nossa visita ao Doi Suthep durou a manhã toda, mas antes de irmos embora fomos comprar algumas lembranças no fundo da escadaria.
Para regressar à cidade basta dirigir-se aos vários táxis colectivos ali presentes, dizer para onde quer ir e esperar que fiquem lotados. Nós pagámos 60 baht cada um e pedimos para ficar a Norte da muralha de Chiang Mai.
O 2º dia em Chiang Mai já ia a meio e almoçámos nessa zona. A segunda visita do dia foi ao Wat Lok Molee. O Wat Lok Molee é um dos templos mais antigos da cidade e foi o alojamento para os monges de Myanmar que vieram para espalhar os ensinamentos de Buda.
O templo tem uma área de jardim bem cuidada e ainda uma árvore sagrada, onde podemos pendurar placas de metal do nosso signo chinês com orações, pedidos ou agradecimentos. A entrada é gratuita e o templo está aberto das 6h às 17h.
De seguida fomos a pé até ao Wat Chiang Man, considerado o templo mais antigo de Chiang Mai. O templo abriga duas estátuas de Buda que se acredita que tenham poderes. Uma delas é feita de cristal e possui apenas 10 centímetros de altura. Acredita-se que esta proteja a cidade contra catástrofes. A outra figura é feita de pedra e foi esculpida no Sri Lanka. Acredita-se que tem o poder de invocar a chuva.
Ainda no complexo podemos encontrar o Chedi Chang Lom, feito em pedra e o seu topo em ouro, e onde estão esculpidos vários elefantes. Nós gostámos muito deste templo! A entrada é gratuita e está aberto das 8h às 17h.
Tudo o que precisa de saber para assistir ao Festival das Lanternas
A “caça aos templos” ainda não tinha terminado e fomos visitar o Wat Phan On. Apesar de ser pequenino e não tão conhecido como os restantes é muito engraçadinho. As janelas do templo são douradas e o altar do Buda, no seu interior, está sempre florido.
O último templo visitado neste 2º dia em Chiang Mai foi o Wat Sri Suphan, também conhecido como Templo de Prata. Este foi, para nós, um dos templos visitados mais bonito e diferente. Está praticamente todo coberto por prata, pois foi construído como o templo principal de uma vila de artesãos de prata. Nas suas paredes podemos encontrar algumas esculturas prateadas detalhadas alusivas a lendas Budistas.
Um dos principais motivos de ele não ser muito visitado é o facto de não ser permitido as mulheres entrarem no interior do templo principal. Não achámos correcto o facto de na bilheteira não nos terem dito nada a esse respeito. Apesar de eu saber disso previamente, decidi visitar na mesma.
O João entrou e tirou algumas fotografias para depois me mostrar – é lindo! Apresenta uma incrível decoração em prata, espelhos e cores brilhantes misturadas. Magnífico mesmo!
A entrada no Wat Sri Suphan tem um custo de 50 baht por pessoa e está aberto das 6h às 21h.
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Convém relembrar que em todos os templos é necessário ter um vestuário adequado:
- ombros e joelhos cobertos.
- Não pode mostrar o decote nem a barriga.
- Não pode utilizar legging e roupas transparentes.
- É obrigatório tirar os sapatos.
A noite já estava a cair e chamámos um Grab para ir até outra parte da cidade. A viagem custou 80 baht e levou-nos até ao Hard Rock de Chiang Mai. Como sabem, gostamos muito de visitar os Hard Rock dos países que visitamos. Não desiludiu, uma vez mais!
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Em frente localiza-se um mercado nocturno (que vende de tudo um pouco) e ainda um mercado cheio de restaurantes. Ali jantámos um delicioso arroz frito com frango servido num ananás.
O 2º dia em Chiang Mai chegara assim ao fim e regressámos ao hotel, pois de madrugada tínhamos um voo para as ilhas Phi Phi 🙂
Roteiro do 2º dia em Chiang Mai:
- Templo da Montanha – Wat Phra That Doi Suthep
- Wat Lok Molee
- Wat Chiang Man
- Templo Phan On
- Templo de Prata – Wat Sri Suphan
- Hard Rock de Chiang Mai