Marrocos

Praça Jemaa El-Fna, em Marrakech

Praça Jemaa El-Fna é considerada o coração pulsante de Marrakech. E quem já foi, entende muito bem do que falo.

Aterrei a meio da tarde em Marrakech e a minha ânsia de palmilhar esta cidade era tanta que pousei as malas no Riad e fui. Fui à descoberta. E o primeiro lugar a visitar na cidade não poderia deixar de ser a tão famosa e carismática Praça Jemaa El-Fna.
E garanto-vos, este foi um dos meus locais favoritos em Marrakech. Gostei tanto que fui lá todos os dias, ao final da tarde. Para jantar, passear, ou simplesmente ouvir os sons tão característicos da praça.

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Antes de ir, na minha mente, a Praça Jemaa El-Fna fervilhava de gente e de vida. Ali não havia espaço para calmaria nem silêncio. E não me desiludi (nem um pouco). A partir das 17/18h a praça entra em ebulição. Finalmente, o que eu imaginara na minha mente, tinha ali, mesmo à minha frente.

O dia na Praça Jemaa El-Fna

Eu passei na Praça durante o dia e nem quis acreditar no que os meus olhos viam. Vazia. Sem pessoas, sem bancas, sem caos.

A Praça Jemaa El-Fna de dia, é apenas um local aberto, onde passam motas e bicicletas. Existem algumas (poucas) bancas que vendem especiarias, frutos secos, sumos ou caracóis. De resto é apenas uma praça.

Os locais aproveitam para limpar os restaurantes que se situam em redor da praça e alguns camiões descarregam a mercadoria. É assim a praça durante o dia. Se possível, tente visitar a praça durante o dia e durante a noite, para ver com os seus próprios olhos a mudança drástica.

A noite na Praça Jemaa El-Fna

E é quando o sol se põe que a praça ganha vida, cores, cheiros, sons, pessoas e principalmente alma. A praça muda radicalmente do dia para a noite, literalmente.

Todas as noites cumpre-se o mesmo ritual: montam-se as bancas de restaurantes, as dos sumos de laranja, e dos inúmeros negócios ali presentes. As ruas começam a encher-se de gente e o som proveniente das barraquinhas é cada vez mais alto.

A praça torna-se num palco de espectáculos: concertos, teatros, circo, tudo ao mesmo tempo. Independentemente da cultura, todos se juntam para comer, mas principalmente para se divertirem. É uma “loucura” a céu aberto.

O que encontrar na Praça Jemaa El-Fna

Mas afinal o que faz da praça tão vibrante? O que podemos encontrar lá? Pois bem, vai ficar surpreendido. Na Praça Jemaa El-Fna vai encontrar de tudo um pouco.

Músicos, espectáculos, grupos de teatro, lutadores de boxe ou acrobatas. Mulheres a dançar a dança do ventre e contadores de histórias também estão presentes. Pode andar de grupo em grupo e escolher o que lhe apetece assistir.
Saiba que são artistas, e como qualquer artista têm de ser pagos. Não custa nada dar uma moedinha no final, se gostou do espectáculo. Recorde-se que Marrocos vive essencialmente do turismo.
Existem ainda muitos grupos onde se praticam jogos. Uma maneira fácil e divertida de ganhar (ou perder) dinheiro!

Outro grupo presente são os videntes e as tatuadoras de henna. Se for mulher, a cada três segundos vai ser abordada para fazer uma tatuagem de henna nas mãos. É muito comum ver as turistas com estas tatuagens, por exemplo.

Pela praça ainda verá uns homens vestidos de vermelho, com um grande chapéu e uns recipientes em metal. São os chamados aguadeiros. Existia a tradição de venderem água a quem por aqui passava. Hoje em dia, tentam tirar fotos com os turistas, para receberem dinheiro.

Uma das imagens mais características da praça são os encantadores de serpentes. Os homens espalham tapetes no chão e aí tocam as suas flautas para as serpentes. Como seria de esperar, para tirar fotos às serpentes e aos seus encantadores tem de pagar. A melhor forma de fazê-lo é combinar um preço antes de começar a tirar fotografias. Inclusive, pode tirar fotos com as serpentes em cima de si, à volta do pescoço.

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Eu não o fiz, e passo a explicar o porquê. Os animais devem, na minha opinião, estar no seu habitat natural e não serem vistos como uma fonte de rendimentos. Não sei a que condições aqueles bichos estão sujeitos, mas é certo que há ali uma exploração. E eu odeio esse tipo de turismo! De notar que as fotografias aqui expostas foram apenas para vos mostrar, de um ângulo despercebido e NÃO paguei nada por elas.

Tal como há encantadores de serpentes, também existem os domadores de macacos. Mais uma vez partiu-me o coração. Os macacos estão acorrentados à volta do pescoço e andam pelas ruas assim com o seu domador. Tirei apenas cinco minutos para apreciar aquela monstruosidade. Os pequenos macacos estão constantemente a puxar a corrente, como quem diz “solta-me”.

Os animais devem estar no seu habitat natural e não servirem de exposição para os turistas. Ficam mais felizes por terem um macaco aos ombros, possivelmente mal tratado, apenas para a fotografia?
Como é lógico, terão de pagar pelas fotografias também, claro! Mesmo que não estejam interessados nesta exploração, os domadores tentam a todo o custo colocar o macaco no nosso ombro, para depois receberem a sua parte. Acima de tudo, deixem esclarecido que não querem!


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Então e comida, perguntam vocês? Sim, existem vários sítios onde comer. Na praça estão espalhadas várias bancas com especiarias, frutos secos e sumos naturais. Lá, os sumos de laranja são incrivelmente baratos e super deliciosos. Portanto, não deixem de provar.

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Além disso, existem várias barraquinhas que se transformam em restaurantes. A noite cai e o céu em tons de azul-escuro é pintado de branco pela fumaça que sai das várias tasquinhas. São imensas, no entanto, a ementa e os preços não variam muito.

Lembram-se da regra de nunca comer na rua? Pois, eu não segui essa regra. Comi várias vezes lá e correu sempre tudo bem. Claro que há cuidados a ter. O meu conselho é que tente ser um dos primeiros a chegar, pois a loiça é lavada sempre na mesma água. Ou então prefira comer com as mãos, por exemplo.

Em redor da praça existem ainda vários restaurantes. A maioria possui um terraço, onde daí é possível ver o frenesim da Praça Jemaa El-Fna.

Um dos restaurantes que tem a melhor vista é o Le Grand Balcon Cafe Glacier. Fui uma das vezes, no pôr-do-sol, e a experiência é incrível. Na entrada do terraço há uma cancela que só o deixa entrar se consumir algo. Eu comprei uma garrafa de água e custou-me 2.50€ (super caro).

Apesar de praticarem preços absurdos, a vista compensa. O sol estava a pôr-se e a praça começou a ganhar vida. Ver todo aquele corrupio de gente, motas, as bancas a serem montadas e o sons e cheiros a comporem-se é fascinante.

Resumindo, na Praça Jemaa El-Fna vai ser abordado imensas vezes pelas centenas de pessoas que ali tentam fazer algum dinheiro. Chega a ser desesperante. Principalmente na zona das bancas de comida. Eles são bastante insistentes, pois “é ali que está o melhor jantar e os melhores preços”. 😂

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A Praça Jemaa el-Fna está incluída na lista da UNESCO de locais Património Cultural Imaterial da Humanidade. E de facto, percebe-se o porquê!

Apesar do espectáculo na Praça Jemaa El-Fna repetir-se diariamente, cada dia consegue ser sempre diferente. Acima de tudo os sons, as pessoas, os gestos ou os cheiros. É uma praça muito especial.

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