Quando visitei Viena, no inicio deste ano, fiquei completamente deslumbrada com o Hundertwasserhaus (um prédio colorido e super original). Esta construção que faz lembrar um quebra-cabeças com corres garridas, piso ondulado, sobreposições e árvores e flores saídas sabe-se lá de onde, deixou-me fascinada!
Não, não estou enganada! Eu sei que este artigo fala sobre visitar o Park Güell, em Barcelona. Mas não posso deixar de comparar estes dois locais pela sua excentricidade. E que dois bonitos locais!
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História do Park Güell
O Park Güell é um local incrível que merece uma visita, com toda a certeza. Este parque projectado por Antonio Gaudí é o mais famoso de Barcelona, contando com a presença de milhões de turistas ao ano.
O seu nome deve-se a Eusebi Güell, um empresário muito rico que era apaixonado pelas obras de Gaudí e pediu-lhe a construção de um conjunto residencial de luxo. No entanto, com o passar dos anos, abandonaram essa ideia. Tinham sido construídas apenas duas casas e algumas áreas comuns, quando os herdeiros de Güell venderam o terreno à Câmara de Barcelona. Aí, fora convertido num novo parque para a cidade.
O que na época fora considerado um fracasso, anos mais tarde (1984) foi considerado Património Mundial da Humanidade pela Unesco.
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Como é o Park Güell
Visitar o Park Güell é como entrar num cenário de um conto e vai fazê-lo disparar a sua máquina fotográfica várias vezes para fotografar cada detalhe.
No parque podemos ver duas casas. A casa da esquerda seria a casa das crianças, Hansel e Gretel. Hoje está ocupada por uma livraria e uma loja de lembranças. A casa da direita, apresenta uma decoração que lembra um cogumelo venenoso e seria a casa da bruxa.
Em frente existe uma escadaria dividida por algumas fontes com esculturas. Uma dessas esculturas é a icónica salamandra multicolorida, uma das obras famosas de Gaudí.
No cimo da escadaria vamos encontrar uma grande sala sustentada por várias colunas. O seu tecto é ondulado com vários mosaicos.
Subindo novamente umas escadas, vamos dar à grande praça do Park Güell, onde são tiradas a maioria das fotos que vemos do local. A principal característica da praça é que esta é rodeada por um banco serpenteado super colorido. Daqui, é possível ter uma das mais bonitas vistas sobre a cidade.
A maior inspiração de Gaudí são as formas da natureza, pelo que no parque podemos ver ainda um viaduto, em que a parte inferior nos faz parecer que estamos dentro de uma grande onda num mar de pedra. É realmente fantástico!
Para além das formas onduladas, formas geométricas e figuras de animais feitos com pedaços de cerâmica coloridos, o parque está rodeado por um extenso jardim. Existe um café, WC e banquinhos ao longo do jardim, para assim poder descansar e usufruir ainda mais desta bela arquitectura.
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O Park Güell pode ser dividido em duas partes: a zona de livre acesso e a zona monumental, que é paga.
A parte descrita em cima corresponde à zona monumental.
Horários e Preços
A zona monumental do Park Güell abre todos os dias do ano, e consoante a temporada (alta, média ou baixa), os horários variam. Pode consultar no site oficial os horários actualizados.
O acesso à zona monumental tem um custo de 8,50€ se comprar no local, ou 7,50€ se comprar antecipadamente pela Internet (preços de 2018). Veja aqui os preços actuais. Uma vez no parque não tem limite de horas para ficar lá (só até à hora de fecho, claro 😛 ).
Existe um limite do número de turistas no parque, pelo que é recomendável comprar os bilhetes na Internet. Pode comprar os bilhetes directamente no site oficial. Além de indicar os seus dados pessoais, deve também indicar o dia e a hora pretendida. Deve conservar o bilhete até ao fim da visita, uma vez que à saída vai precisar de mostrá-lo novamente. Se pretender fazer uma visita guiada, compre os bilhetes aqui.
Como chegar ao Park Güell
O Park Güell situa-se no bairro de La Salut, na parte mais alta do distrito de Gràcia. Existem duas opções para lá chegar: de metro (opção que eu escolhi) e de autocarro.
Se pretende ir de metro, deve apanhar a linha 3 (linha verde) no sentido Trinitat Nova e descer na estação Vallcarca. Saindo da estação, existem várias placas a indicar a direcção. Mas prepare-se: há toda uma colina para subir! Eu confesso que não ia preparada para esta parte. 😛 Para facilitar, existem algumas escadas rolantes no percurso.
Se preferir ir de autocarro, pode apanhar a linha 24 ou a linha 92.
- Leve roupa e calçado confortável;
- Leve água;
- Compre os bilhetes antecipadamente pela Internet. Além de ser mais barato, existe um limite do número de turistas no parque e pode ter que esperar muito (três/quatro horas) até conseguir um horário com vagas. No dia em fui, saí por volta das 11h e o próximo horário disponível era às 16.30h 😮
- Os melhores horários para fazer a visita, são os de manhãzinha e os mais tardios, onde não se encontram tantos turistas no parque.
A minha experiência
Bem, eu sou um pouco suspeita para falar porque adoro as obras de Gaudí. Acho até que a cidade se tornou mais bonita (e bem mais colorida) pela presença das obras do artista. No entanto, posso dizer que a visita ao Park Güell superou as minhas expectativas. Observar cada detalhe e contemplar aquela vista maravilhosa sobre Barcelona deixou-me fascinada. Ainda assim, achei que estava demasiada gente no parque (fui no horário das 9.30h).
Foi um dos lugares mais bonitos que visitei em Barcelona e acho que é indiscutível que o parque surpreende pela positiva todos os que o visitam. No entanto, não vá com a expectativa de encontrar um parque de diversões ou um parque para as crianças brincarem. Nada disso!
É um local bastante peculiar (diria até mágico), pelo que uma viagem a Barcelona não fica completa se não visitar o Park Güell!